quinta-feira, 9 de julho de 2015

A tradicional reza de Santo Antonio do Projeto Axé

Em 12/06/15
No dia 13 junho, a Igreja Católica celebra o dia de Santo Antônio de Pádua, um dos santos mais populares, venerado não somente em Pádua, onde foi construída uma basílica que acolhe os restos mortais dele, mas no mundo inteiro. 
Santo casamenteiro. Assim é invocado pelas pessoas que desejam se casar e lembrado pelo nosso folclore. Não se sabe qual a origem dessa devoção. Talvez esteja ligada a algum milagre feito pelo santo em favor das mulheres, por exemplo, quando fez um recém-nascido falar para defender a mãe acusada injustamente de infidelidade pelo pai.
Mas há outro episódio com explicação mais direta. Certa senhora, no desespero da miséria a que fora reduzida, decidiu valer-se da filha, prostituindo-a, para sair do atoleiro. Mas a jovem, bonita e decidida, não aceitou de forma alguma. Como a mãe não parava de insistir, a moça resolveu recorrer à ajuda de Santo Antônio. Rezava com grande confiança e muitas lágrimas diante da imagem quando, das mãos do Santo, caiu um bilhete que foi parar nas mãos da moça. Estava endereçado a um comerciante da cidade e dizia: "Senhor N..., queira obsequiar esta jovem que lhe entrega este bilhete com tantas moedas de prata quanto o peso do mesmo papel. Deus o guarde! Assinado: Antônio".
Daí teve o nome de santo casamenteiro.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Aniversário de XXV Anos do Projeto Axé

Em 01/06/15


Aos quase 80 anos, Cesare segue influenciando gerações de educadores que acreditam na construção de um país mais justo.
“Aos 27 anos, morava em Florença, na Itália, e sonhava em ser diplomata. Num estalo, em Janeiro de 1968, aos 29 anos decidi largar a vida de burguês italiano e vim para a Amazônia, trabalhar com crianças e adolescentes. Pensava que, como diplomata, eu  poderia ser útil apenas aos interesses do meu país, mas se eu me dedicasse à causa das crianças e dos adolescentes, poderia ser parte dessa mudança que eu tanto sonhava.

 Em 1969, há 45 anos, em Manaus, já tinham crianças que dormiam no pátio da catedral, aquela situação me impressionou muito. Fundamos o Centro Social Nossa Senhora das Graças, no Beco do Macedo, na época uma favela da capital.  Criamos uma escola profissionalizante para 400 adolescentes e uma pré-escola.

Doze anos depois, em 1981, entendi que minha contribuição estava concluída e mudei para o Rio de Janeiro para trabalhar como assessor técnico na extinta Fundação Nacional do Bem-Estar Social (Funabem). De lá fui para o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), e depois de três anos, em 1985, fui nomeado representante-adjunto no Brasil do Unicef, em Brasília.

Em Brasília, comecei a pensar dentro desse contexto de mudanças profundas do Brasil, a partir da redemocratização. Acreditei que aquele seria um momento histórico para implantar um projeto que fosse capaz de, ao mesmo tempo, incluir na pauta do Brasil os direitos das crianças -  que estavam sendo elaborados na nova Constituição e no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)  criar um espaço onde teriam o direito de serem felizes.

Ao sair do Unicef recebi alguns convites, mas somente um apontava na direção do sonho: a Terra Nuova, uma ONG italiana de cooperação internacional me chamou para coordenar um projeto com meninos de rua em Salvador. Meu princípio inegociável era não repetir o que já se fazia no Brasil.

Queria dar a melhor educação aos mais pobres. Eu rejeitava a tese de que, para quem nada tem, qualquer coisa serve. Além disso, defendia o profissionalismo dos educadores e um sistema de formação permanente. Não queria instalar oficinas de carpintaria, corte e costura ou manicure. Queria arte e cultura a serviço da educação.
 É impossível educar sem estética, sem beleza, sem arte e cultura.

Ou seja: me recusei a realizar um projeto educativo pobre para pobres. E a Terra Nuova aceitou o desafio, juntamente com o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, que deu um apoio fundamental do ponto de vista político e institucional para um projeto que ainda nem tinha nome. Trabalhávamos para garantir aos filhos da exclusão o direito a vida com V maiúsculo.

Uma tarde, eu estava em casa, na Praia de São Tomé de Paripe, em Salvador, e observava o pôr do sol, pensando em qual poderia ser o nome do projeto. Naquele momento, algumas crianças corriam na praia. Eram todas negras e estavam banhadas pelo sol do fim de tarde. Decidi chamar de Axé, que no Candomblé é o principio vital, a energia que move todas as coisas. O nome homenageia a cultura afro-brasileira e afirma que a criança é o axé mais precioso de uma nação. 

No início fui crucificado... falar de beleza e colocar as crianças para dançar e jogar capoeira? As pessoas me diziam que eu estava doido. Que aquelas crianças só queriam encher a barriga, que estavam morrendo de fome. Ninguém se interessaria por dança, música... Aqui, na Bahia, temos a predominância dos elementos afros, dos quais o Axé se apropriou, mas a arte e a beleza são universais. Acreditamos que conseguiríamos estimulá-los por meio desses elementos e seguimos em frente.

Nos primeiros tempos do projeto, as crianças olhavam para os educadores e diziam: eu não tenho nada a perder. Elas estavam nos dizendo que não tinham sonhos nem desejos. Lembro que, em 1993, tínhamos 50 ingressos para ver um espetáculo de dança no Teatro Castro Alves. E se jogassem o teatro abaixo? Era uma dúvida. Já pensou se roncassem na plateia?

Não aconteceu nada disso. Ao final do espetáculo nos olharam e perguntaram: por que não podemos dançar também? Essa é a força da pedagogia do desejo. No Axé, os chinelos de dedo convivem com as sapatilhas.

O desejo dos meninos e meninas criou o Axé Design, a Companhia de Dança, a Orquestra de Câmara e tudo o que hoje temos aqui. Claro que, se super estimularmos, haverá frustrações no meio do caminho, mas cabe a nós, educadores,  colocar um pára-quedas psicológico para que a criança chegue ao solo em segurança, num campo de realizações possíveis.

No dia-a-dia do Axé vejo que a arte e a educação são cada vez mais conjugadas – a arte é a própria educação. Eu me considero um homem que exercita essa combinação, para tentar contribuir para a transformação dos outros.

No fundo tenho convicção de que minha missão é essa mesma: tentar transformar as pessoas para que elas sejam mais felizes. É importante dizer que eu mesmo fui profundamente transformado pelas crianças. “Elas me deram essa energia fortíssima de ter a disposição de mostrar aos outros a alegria de mudar e de transformar.”
  Cesare fez na abertura um Culto Ecumênico com um representante de cada religião. 



                                                                    







terça-feira, 31 de março de 2015

Todo ano no DIA INTERNACIONAL DA MULHER - Cesare de Florio La Rocca (fundador do Projeto Axé), homenageia o universo feminino do Axé e do mundo !!!

08/03/2015

Grande Formação 2015 "Projeto Axé XXV Anos"

Em 23 a 27/02/15

De 23 a 27 de fevereiro de 2015, o Projeto Axé realizou a Grande Formação Anual, sob o Título: PROJETO AXÉ 25 anos, homenageando as Bodas de Prata da Instituição, pelo quinto ano consecutivo com a parceria do Hotel Portobello, em Ondina na Cidade de Salvador-Bahia- Brasil.

Visando as diretrizes e planejamento para realização das atividades pedagógicas e arteducativas de 2015, contamos com a participação dos 95 funcionários, dos quais 25 são Ex-Educandos e os 5 estagiários, que somam a representação do universo educante do Projeto Axé: Presidente, Coordenadores, Gerentes, Educadores de Rua, de Família, Arteducadores, Especialistas Técnicos da Administração, do Financeiro, da Nutrição, do Transporte, do Apoio, da Infraestrutura e do Axé Design reunidos na perspectiva fundamental de melhor proteger, defender, acolher e orientar os nossos Educandos atendidos nas Unidades Arteducativas: do Pelourinho - com Música e Artes Visuais, e da Baixa dos Sapateiros - com Dança e Capoeira.

No Salão de Convenção foi montado, pela Produção Executiva do Projeto Axé, uma Mostra Arteducativa com as principais obras bibliográficas da Instituição, álbuns de fotografias, troféus representativos, criações arteducativas produzidas pelos Educandos,
bunner comemorativo dos 25 anos.

E a surpresa!! O especial presente da Bolsa Axé Design e da Folhinha Calendário 2015, oferecidos à todos os participantes e convidados, com a logomarca do "Axé 25 anos" e a frase: "A Criança é o Axé mais precioso de uma Nação".

O Fundador Presidente, Cesare de Florio La Rocca, fez a abertura da Formação abordando sua trajetória de vida no Brasil e a implantação do Projeto Axé na Cidade de Salvador no Estado da Bahia, Brasil; discorrendo sobre o momento político em 1990, do percurso de lutas e descobertas, confluências e desafios enfrentados e multiplicados ao longo desses 25 anos.
Os Colaboradores e Co-Fundadores: Ená Benevides e Marcos Candido Carvalho, apresentaram seus históricos e memórias descritivas sobre a linha do tempo da construção da prática Axeniana com relatos e histórias que marcam a força e a energia criativa da obra.

Relatos dos 18 anos de atividades do atual Coordenador Geral, Helmut Schned, assim como, de Educadoras que também perfazem as Bodas de Prata da casa como Verônica Magalhães, Rossimara Cunha, Valda Abud, Alberto Pitta e Zenaide Ribeiro, e as representantes fundamentais na Formação dos Direitos como Vera Leonelli e da Arteducação como Marle Macedo e da Educação como Lena Garrido que fundamentam o histórico de acolhimento, defesa e proteção dos menos favorecidos e excluídos socialmente.

De forma que os depoimentos de Ex-Educandos, que hoje são Educadores comprovam e dão conta que o Axé ensina a fazer da Educação uma Arte, pois que a Arte é a própria Educação.

Arte que torna a Vida autônoma, como o exemplo trazido, com a presença de dois ex-educandos do Projeto Axé que, hoje, são Coordenadores da Ong Arteconsciente e foram homenageados com muito orgulho pelo Projeto Axé.

A ilustríssima presença de Theresa Penna Firme - especialista em Educação, Consultora em Avaliação, que abrilhantou o evento compartilhando com a equipe Educante suas experiências, foi ponto alto de nosso encontro.

A vinda da Itália do parceiro Andrea Tommasini, representando simbolicamente todos os parceiros de nossas caminhadas pelo mundo afora, nos fortalece.

Temos a certeza de que todos contribuíram para aprofundar conhecimentos e enriquecer nosso compromisso com a Vida, com o aqui e agora, de encontros do dia a dia com as nossas crianças, adolescentes e jovens. Enfim, somos assim, AXÉ!!!

Regina Moura.




terça-feira, 10 de março de 2015

O Projeto Axé celebra o dia de Yemanjá

Em 02/02/15
*Iemanjá: No Brasil, Iemanjá está associada ao mar, embora na África esteja mais vinculada à desembocadura dos rios. Nas lendas africanas ela é tida como filha de Olokum, deusa do mar, Mãe que criou muitos Orixás.

Na Bahia, as festas se realizam no dia 02 de fevereiro, no bairro do Rio Vermelho, com repercussão nacional e internacional. 
Seus instrumentos são o abebé cor de prata e uma espada. Sua saudação espiritual é “Odoyá!”
  
Agradecer e Abraçar
                                        Gerônimo

Abracei o mar na lua cheia, abracei
Abracei o mar
Abracei o mar na lua cheia, abracei
Abracei o mar
Escolhi melhor os pensamentos, pensei
Abracei o mar
É festa no céu, é lua cheia, sonhei
Abracei o mar
E na hora marcada Dona Alvorada chegou para se banhar
E nada pediu, cantou pro mar
E nada pediu
Conversou com o mar
E nada pediu
E o dia sorriu...
Uma dúzia de rosas, cheiro de alfzema, presentes eu fui levar
E nada pedi
Entreguei ao mar
E nada pedi
Me molhei no mar
E nada pedi
Só agradeci...



sexta-feira, 6 de março de 2015

O Projeto Axé comemora o Dia do Senhor do Bonfim

m 15/01/2015
Origem Teodósio Rodrigues de Farias, oficial da Armada Portuguesa, trouxe de Lisboa uma imagem do Cristo, que, em 1745, foi conduzida com grande acompanhamento para a igreja da Penha, em Itapagipe.
Em julho de 1754, a imagem foi transferida em procissão para a sua própria igreja, na Colina Sagrada, onde a atribuição de poderes milagrosos tornou o Senhor do Bonfim objeto de devoção popular e centro de peregrinação mística e sincrética. Foram, então, introduzidos motivos profanos e supersticiosos no culto.
O cortejo
A lavagem festiva acontece com a saída, pela manhã da quinta-feira, do tradicional cortejo de baianas da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, o qual segue a pé até o alto do Bonfim, para lavar com vassouras e água de cheiro as escadarias e o átrio da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim.
Todos se vestem de branco, a cor do orixá, e percorrem 8 km em procissão, desde o largo da Conceição até o largo do Bonfim. O ponto alto da festa ocorre quando as escadarias da igreja são lavadas por cerca de 200 baianas vestidas a caráter que, de suas "quartinhas" - vasos, que trazem aos ombros - despejam água nas escadarias e no átrio da igreja, ao som de palmas, toque de atabaque e cânticos de origem africana. Terminada a parte religiosa, a festa continua no largo do Bonfim, com batucadas, danças e barracas de bebidas e comidas típicas.
No domingo seguinte à lavagem, os devotos se reúnem na Igreja dos Mares para a procissão dos Três Pedidos, que percorre o largo de Roma em direção ao Bonfim. Na chegada à Colina do Bonfim, os fiéis dão três voltas em torno da Basílica, fazendo três pedidos. Uma pregação e a benção do Santíssimo Sacramento encerram os festejos.