21/05/17 O Projeto Axé e a Ford na produção de mochilas para estudantes das Escolas Públicas de Camaçari.
Em 04/04/2016
Foto: Yuri Silva
Quando ingressou na primeira turma do Programa Ford de Educação para Jovens, em outubro do ano passado, a estudante Flávia Nascimento, 17, que cursava o 3º ano do ensino médio na época, ansiava por fazer graduação em biomedicina.
Nesta segunda-feira, 4, seis meses depois da experiência, quando recebeu em mãos o certificado de auxiliar em mecânica de equipamentos, ela tem planos totalmente diferentes. Quer fazer faculdade de engenharia e, quem sabe, um dia se tornar executiva da montadora.
"Estava procurando o que ia fazer depois do ensino médio, ainda, mas depois desse curso eu me sinto preparada e convicta do que quero", afirmou Flávia à equipe de A TARDE, logo após a cerimônia de formatura dos 100 primeiros jovens a participar do programa da empresa estadunidense no município de Camaçari, na região metropolitana de Salvador.
O evento, que aconteceu no Teatro Cidade do Saber, no município 41 quilômetros distante da capital, contou com a presença do presidente da Ford para a América do Sul, Steven Armstrong, e do presidente global da Ford Fund, braço filantrópico da empresa estadunidense, Jim Vella.
Mochilas
Na ocasião, foi lançada, também, a terceira edição de outro projeto social da montadora, o Mochila Ecossustentável, realizado em parceria com o Projeto Axé e com a prefeitura do município de Camaçari.
Na iniciativa, cerca de 10 mil mochilas produzidas com fardamentos reaproveitados são distribuídas às crianças da rede municipal de ensino.
Para isso, explica a gerente de relações corporativas da Ford Brasil, Adriane Rocha, uma cadeia produtiva sustentável é pensada. As mães dos alunos do Projeto Axé, conta ela, foram capacitadas para trabalhar na confecção dos produtos - o que concedeu a cada uma delas o certificado de costureira.
"Para nós, a ideia não era só fornecer o material escolar. Pensamos numa cadeira de valor que agregasse importância à iniciativa", afirma Adriane Rocha.
Educação de jovens
A executiva ainda detalha que, além do curso de mecânica de equipamentos feito pela estudante Flávia, outros quatro são oferecidos no Programa de Educação para Jovens, que poderá ter uma segunda turma este ano, caso a direção da Ford consiga manter as parcerias com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Foram essas duas entidades que apoiaram os dois ciclos de ensino que compõem o projeto: disciplinas comportamentais e disciplinas técnicas.
"Os alunos, sejam do curso de administração ou do de mecânica de automóveis, todos eles tiveram aulas mais gerais, de comunicação e matemática, por exemplo, e outras mais técnicas", explica a gerente da Ford, Adriane Rocha.
Ela lembra, também, que os jovens passaram por uma imersão na sede da empresa em Camaçari, com visitas e palestras de profissionais de carreira da montadora.
Dos 100 alunos, 26 foram selecionados para atuar como jovens aprendizes da Ford na Bahia. Entre eles estava Flávia Nascimento, que começa a trabalhar nesta terça, 5. "É uma porta que se abre para mim e eu vou aproveitar agora para ter um futuro bem melhor", comemora a jovem.
Fase
O presidente da Ford na América do Sul, Steven Armstrong, afirmou que os investimentos da multinacional em educação serão preservados, mesmo que a situação econômica do país esteja passando por uma fase complicada.
"Não podemos abrir mão do investimento nessa área, porque a estratégia de responsabilidade social da Ford tem como principal pilar justamente a educação", afirmou o executivo, em discurso no evento.