terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Última Ciranda Literária do ano de 2015

Desde o início do ano, os funcionários se reúnem uma vez por mês, aos sábados, para estudos do livro Plantando Axé, em homenagem aos 25 anos do Projeto Axé.

No dia 28/11/15, foi a última Ciranda Literária do ano. Cesare La Rocca solicitou para fazer uma mudança no tema, sugeriu temas que estão atuais na mídia: Terrorismo, Bandidismo, Tráfico e Violência
Discutir essas temáticas e avaliar o quanto os meninos do Projeto Axé estão vulneráveis ao recrutamento pelo Estado Islâmico e como o nosso trabalho no Axé pode impedir que isso aconteça.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

"O Projeto Axé ConVida" Espetáculo dos 25 anos no Teatro Castro Alves

Em 18/11/2015
 Acesse o Link
https://www.facebook.com/angela.goncalves.790/videos/907217219356437/

Depoimento do Educando Thor Galileu, da Unidade de Dança e Capoeira do Projeto Axé! Que maravilha!!
"Ontem foi um dia muito especial, pra quem é, ou já foi um integrante do Projeto Axé, como educando ou educador, foi a comemoração dos 25 anos do Projeto Axé, dado assim o nome do espetáculo "Axé ConVida"... Foi incrível, estou sem palavras pra me expressar, só sinto vontade de chorar mais de alegria, a alegria de apresentar, de ter não só o meu, mais o nosso trabalho reconhecido, mostrar como somos bons, e como sabemos trabalhar em grupo, e ainda poder ser aplaudido e poder ovacionar um Pai pra todos nós Césare La Rocca, e mostrar pra ele que ele está conseguindo cumprir sua missão..."

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Ciranda Literária nov/2015

Em 24/10/15
Desde o início de 2015, os funcionários se reúnem uma vez por mês, aos sábados, para estudos do livro Plantando Axé em homenagem aos 25 anos do Projeto Axé. O Auditório foi decorado com flores brancas e uma mesa com livros do Mestre da Educação, Paulo Freire.




sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Formatura de Inaíra Menezes, ex-educanda da Unidade de Dança e Capoeira do Projeto Axé


O Projeto Axé informa, a Formatura de Inaíra Menezes, a querida Nai Meneses ! Nossa Ex-Educanda da Unidade de Dança e Capoeira.
A persistência e o desejo de construir uma carreira, realizou seu sonho de finalizar sua Faculdade. Parabéns, aqui no Projeto Axé, Todos nós Educadores nos sentimos fortalecidos com sua conquista!! — com Nai Meneses.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

É o 4º ano consecutivo que o Projeto Axé & Ambev se juntam na Ação da Prevenção de venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos

Em 18/09/15
             Dia de Responsa no Projeto Axé!!

Educadores e Educandos do PROJETO AXÉ desfilaram no Centro Histórico para celebrar o "Dia de Responsa - Ação Mundial de Prevenção de Venda de Bebidas Alcoólicas para Menores de 18 anos".




quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Reinauguração do AxéBuzú na Praça Municipal em comemoração aos 25 anos do Projeto Axé

Em 27/08/15
Ônibus batizado como AXÉBUZÚ é um instrumento lúdico pedagógico capacitado com biblioteca, videoteca e aparelhagem de som, que têm como finalidade atender populações marcadas por situação existencial de extrema pobreza, privilegiando o segmento mais vulnerável desse universo social: crianças, adolescentes e jovens que são destituídos dos seus direitos fundamentais.

O Projeto Axé é homenageado pelos seus 25 anos na Câmara Municipal da Cidade de Salvador

Em 27/08/15
Sessão Especial na Câmara Municipal de Salvador para homenagear os 25 anos do Projeto Axé, de autoria da Vereadora Aladilce Souza, que entregou uma honrosa placa a Cesare de Florio La Rocca, fundador e Presidente do Projeto Axé por proporcionar educação de qualidade para crianças e adolescentes destituídos dos seus direitos fundamentais.
Paço da Câmara Municipal de Salvador, Vereador-Presidente Paulo Câmara - 27 de Agosto de 2015.

Nita Freire, esposa do Mestre Educador Paulo Freire, ministrou Formação para Educadores do Projeto Axé

Em 17/08/15
O Projeto Axé teve a honra de receber Nita Freire para um dia de formação com seus educadores, cujo tema: "PAULO FREIRE E OS SABERES NECESSÁRIOS PARA UMA EDUCAÇÃO LIBERTADORA".
Nita Freire veio para aprimorar conhecimento sobre o legado de Paulo Freire que desde a longa trajetória do Projeto Axé já eram utilizado em nossas práticas educativas cotidianas. 
Ana Maria Araújo Freire (Nita Freire), nasceu em Recife (PE), em 13 de novembro de 1933. Filha de educadores, casou-se, em 1988, em segundas núpcias, com Paulo Freire. É mestre e doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/ SP). Seus livros individuais publicados no Brasil são: Paulo Freire: uma história de vida. Indaiatuba: Villa das Letras, 2006; Nita e Paulo: crônicas de amor, São Paulo, Editora Olho d‘Água, 1998; Analfabetismo no Brasil, 3ª edição, São Paulo, Editora Cortez, 2001; Centenário de nascimento: Aluízio Pessoa de Araújo, Recife, Editora do Autor, 1997, e, Centenário de nascimento de Francisca de Albuquerque Araújo – Genove -, São Paulo: Roteiro, 2002. Tem artigos e ensaios publicados em livros e revistas especializadas de várias partes do mundo. Desde 1997, como sucessora legal da obra de Paulo Freire, vem organizando e fazendo publicar seus livros inéditos e traduzindo a sua obra escrita, a partir de 1988, para o espanhol e diversas línguas da Europa e do Oriente. 

Projeto Axé, 25 anos & Criança Esperança,30 anos


No Projeto Axé, entendemos que Arte é a própria Educação, e na prática pedagógica oferecemos Arteducação todos os dias para nossos Educandos!!

Maria Aparecida viveu a experiência de sua primeira viagem de avião, foi para o Rio de Janeiro e conheceu vários artistas na TV Globo, Projac, na gravação do Criança Esperança, 2015!!


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Depoimento de Cesare de Florio La Rocca, fundador e Presidente do Projeto Axé

Em 19/08/15 
Matéria do Núcleo de Jornalismo do Jornal Nacional , TV Globo.
Todos os anos, a Unesco seleciona projetos sociais no Brasil que recebem o dinheiro doado por milhares de pessoas ao Criança Esperança. Já são três décadas de apoio a iniciativas como o Projeto Axé, em Salvador.

Acesse o link


Depoimento de Marcos Candido, Coordenador de Arteducação Co-Fundador do Projeto Axé, no Jornal da Globo

Em 19/08/15

Acesse o link
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/edicoes/2015/08/19.html#!v/4406642

Projeto Axé & Criança Esperança 2015

Maria Aparecida & Professora Idalina Pinheiro.
Tema do Criança Esperança este ano, a Educação também entrou na pauta do especial, com a presença de uma das Professoras de Lázaro Ramos, Idalina, e outros mestres. "Cada vez mais é importante valorizarmos a imagem do professor", afirmou Lázaro. Idalina reencontrou alguns de seus alunos em uma homenagem feita em sua antiga escola. Todos usaram máscaras com o rosto dela e depois revelaram suas profissões atuais e como a professora influenciou suas vidas. "Quem agradece sou eu, obrigada por vocês terem sido meu estímulo para viver. É só o que eu sei fazer, gostar de gente, eu gosto de gente. Meu objetivo principal é fazer o ser humano crescer, carregando na mala muito amor, muito carinho". Tenho muito apreço e respeito pelo Projeto Axé e conhecer Maria Aparecida me proporcionou muita Felicidade e mais Esperança, concluiu a professora.

Projeto Axé & Criança Esperança

 MARIA APARECIDA & LÁZARO RAMOS

Caminhos e Encontros da Esperança!!

Lázaro Ramos é ator, apresentador, cineasta, escritor e, em 2015, se tornou um dos mobilizadores da campanha de 30 anos do Criança Esperança. O ator visitou o Projeto Axé e conviveu por três dias com nossas crianças,adolescentes e jovens, com quem aprendeu muito. “Nós ficamos meio parados nesse sentido da questão social e as crianças nos ensinam muito. Vê-las ali, frente à frente comigo, foi lindo”, contou. Lázaro acredita que tanto o problema quanto a solução da educação brasileira estão na população e esse discurso cabe para defender uma questão política importante: a não-redução da maioridade penal. “A criança é uma possibilidade, e não um ser a ser rejeitado. Por isso, eu sou contra a redução da maioridade penal. Não acho que a solução seja esta”, explicou o ator, que acredita que o exemplo é a chave para a educação e pratica isso dentro de sua própria casa. “Criar filho é se vigiar o tempo inteiro. Nós temos que ser o exemplo para eles. Não adianta só falar, é através das atitudes dos pais que as crianças aprendem”, comentou.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Projeto Axé & Criança Esperança 2015

Na edição de 30 anos histórias reais emocionam: Maria Aparecida, Educanda da Unidade de Dança e Capoeira, emocionou milhões de brasileiros, quando respondeu sobre a importância do Projeto Axé na sua Vida "O Projeto Axé é importante na minha Vida, porque contribui para o meu conhecimento: Estudo e estou na Escola. Aprendo Dança e Capoeira. E sou Feliz!" .

Em outro momento de grande emoção, Tony Ramos assumiu o centro do palco e revelou ter recebido uma carta da produção. O ator chamou Renato Aragão e deu voz ao seguinte texto: “Mainha me ensinou que nessa vida, a gente tem que ter fé, e pai diz que a gente tem que sonhar. Eu vou fazer tudo isso e quando acharem que eu cansei, cansei nada! Arrego não, eu sou cabra da peste. Eu sou Didi Mocó. Eu sou Renato Aragão”.


Um pouco da História do Projeto Axé

Projeto Axé, organizzazione no-profit fondata dall'italiano Cesare de Florio la Rocca, nasce in Brasile con l'obiettivo di recuperare bambini e ragazzi di strada.

Acesse o link
https://youtu.be/3nKiOyU70_Y



segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Projeto Axé...Criança Esperança no Fantástico 09/08/2015

PROJETO AXÉ ... CRIANÇA ESPERANÇA ! ‪#‎éfantástico‬#
Quarto Episódio (4 de 4 ) da série: "Caminhos da Esperança"
QUAL é o seu SONHO ?
Cesare De Florio la Rocca:
" Criança é uma Esperança, mas se pode, tornar, também, uma luminosa certeza ".
Lázaro Ramos:
"Tem que se mexer, tem que se mover. Cada um escolhe aquilo adequado e possível para si mesmo"
Dira Paes:
" A mobilização...ela é um fato fundamental, para transformar a sociedade,
numa sociedade mais justa e igualitária"
Leandra Leal:
"Eu sonho muito com uma justiça social, de uma sociedade mais livre"
Flavio Canto:
"Tem que ser hoje. A gente tem pressa ! Se o sonho for genuíno, vale a pena
pensar grande". 
Acesse o link

terça-feira, 4 de agosto de 2015

PROJETO AXÉ: 25 anos de atividades! Diálogos da Esperança com Pedro Bial

Em 26/07/15 às 21h pela Globo News
Participação de CESARE de FLORIO La Rocca e presença de Marcos Candido Carvalho no Seminário Diálogos da Esperança – 25 anos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente ) .
Em 2015, o Criança Esperança completa 30 anos criando oportunidades de desenvolvimento para mais de 4 milhões de crianças, adolescentes e jovens.
Sob o comando de Pedro Bial, eles:João Ricardo Costa, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros; Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional Pelo Direito à Educação; Reinaldo Bulgarelli, sócio-diretor da Txai Consultoria e Educação; e Luciana Guimarães, fundadora do Instituto Sou da Paz; além dos mobilizadores da Campanha Criança Esperança Lázaro Ramos, Leandra Leal, Dira Paes e Flavio Canto, debateram temas como Educação, Cultura, Combate à Violência e Qualidade de Vida no lançamento da Campanha Criança Esperança 2015. O seminário foi transformado em um programa de TV, exibido no último domingo, 26/07/15, pela GloboNews.

30 Anos do Criança Esperança, 30 histórias!
Acesse o link
http://g1.globo.com/globo-news/globo-news-documento/videos/t/globonews-documento/v/globonews-documento-dialogos-da-esperanca-debate-questoes-da-infancia/4348509/



Em 26/07/15

O PROJETO AXÉ NO FANTÁSTICO "CAMINHOS DA ESPERANÇA"

Segundo Episódio
QUAL o SEU SONHO?

Acesse o link
http://g1.globo.com/fantastico/edicoes/2015/07/26.html#!v/4348436

terça-feira, 21 de julho de 2015

O tradicional Bazar das Famílias dos Educandos do Projeto Axé

Em 15/07/2015
O Bazar das Famílias é uma ação que tem como objetivo proporcionar uma reflexão entre os familiares de Educandos, além de ressignificar o conceito de doação.
Por meio desta iniciativa, roupas sapatos, utensílios domésticos, brinquedos, acessórios e afins não são apresentados de forma assistencialista e sim de maneira responsável, uma vez que cada participante recebe uma determinada quantia em dinheiro fictício denominado AXÉREAIS. Cada pessoa pode comprar apenas no limite que possui, gerando assim, um aprendizado acerca do valor do dinheiro e da autonomia do indivíduo de escolher aquilo que quer "pagar", e desta forma, sair da condição passiva de receber o que "outros disponibilizam " ,como no processo usual de doação. Tendo como tema do Bazar: "Aniversário de 25 Anos do Projeto Axé".

quinta-feira, 9 de julho de 2015

A tradicional quadrilha de São João dos Educandos do Projeto Axé

Em 22/06/15
  Origem da Festa Junina 
Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).

Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. 

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Formação no Projeto Axé com a Dra. Teresa Penna Firme

Em 18/06/15 - Auditório do Centro de Formação do Projeto Axé

 Dra Teresa Penna Firme - Educadora e Psicóloga Clinica, com especial formação acadêmica no campo da Avaliação. Mestre em Psicologia Educacional pela Universidade de Wisconsin, USA. Mestre em Educação pela Universidade de Stanford, Califórnia, USA. Doutora (Ph.D) em Educação e Psicologia da criança e do adolescente pela Universidade de Stanford, Califórnia. Exerceu o magistério no Ensino Fundamental, Médio e Superior (Graduação e Pós-Graduação), bem como funções de Direção e Coordenação na PUC/RIO, UFRGS e UFRJ, atuando como Professora, Pesquisadora e Orientadora de Dissertações e Teses. É Consultora, Avaliadora e Conferencista nacional e internacional. É Coordenadora do Centro de Avaliação na Fundação CESGRANRIO e Membro da American Evaluation Association.
A Dra. Teresa proporcionou um momento para avaliação das ações do Projeto Axé, revisitando as crenças individuais em relação à missão e criando a oportunidade de uma auto avaliação de desempenho.
A partir de então, passamos a traçar as metas, estratégias e evidências para a operacionalização do plano de trabalho. 


A tradicional reza de Santo Antonio do Projeto Axé

Em 12/06/15
No dia 13 junho, a Igreja Católica celebra o dia de Santo Antônio de Pádua, um dos santos mais populares, venerado não somente em Pádua, onde foi construída uma basílica que acolhe os restos mortais dele, mas no mundo inteiro. 
Santo casamenteiro. Assim é invocado pelas pessoas que desejam se casar e lembrado pelo nosso folclore. Não se sabe qual a origem dessa devoção. Talvez esteja ligada a algum milagre feito pelo santo em favor das mulheres, por exemplo, quando fez um recém-nascido falar para defender a mãe acusada injustamente de infidelidade pelo pai.
Mas há outro episódio com explicação mais direta. Certa senhora, no desespero da miséria a que fora reduzida, decidiu valer-se da filha, prostituindo-a, para sair do atoleiro. Mas a jovem, bonita e decidida, não aceitou de forma alguma. Como a mãe não parava de insistir, a moça resolveu recorrer à ajuda de Santo Antônio. Rezava com grande confiança e muitas lágrimas diante da imagem quando, das mãos do Santo, caiu um bilhete que foi parar nas mãos da moça. Estava endereçado a um comerciante da cidade e dizia: "Senhor N..., queira obsequiar esta jovem que lhe entrega este bilhete com tantas moedas de prata quanto o peso do mesmo papel. Deus o guarde! Assinado: Antônio".
Daí teve o nome de santo casamenteiro.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Aniversário de XXV Anos do Projeto Axé

Em 01/06/15


Aos quase 80 anos, Cesare segue influenciando gerações de educadores que acreditam na construção de um país mais justo.
“Aos 27 anos, morava em Florença, na Itália, e sonhava em ser diplomata. Num estalo, em Janeiro de 1968, aos 29 anos decidi largar a vida de burguês italiano e vim para a Amazônia, trabalhar com crianças e adolescentes. Pensava que, como diplomata, eu  poderia ser útil apenas aos interesses do meu país, mas se eu me dedicasse à causa das crianças e dos adolescentes, poderia ser parte dessa mudança que eu tanto sonhava.

 Em 1969, há 45 anos, em Manaus, já tinham crianças que dormiam no pátio da catedral, aquela situação me impressionou muito. Fundamos o Centro Social Nossa Senhora das Graças, no Beco do Macedo, na época uma favela da capital.  Criamos uma escola profissionalizante para 400 adolescentes e uma pré-escola.

Doze anos depois, em 1981, entendi que minha contribuição estava concluída e mudei para o Rio de Janeiro para trabalhar como assessor técnico na extinta Fundação Nacional do Bem-Estar Social (Funabem). De lá fui para o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), e depois de três anos, em 1985, fui nomeado representante-adjunto no Brasil do Unicef, em Brasília.

Em Brasília, comecei a pensar dentro desse contexto de mudanças profundas do Brasil, a partir da redemocratização. Acreditei que aquele seria um momento histórico para implantar um projeto que fosse capaz de, ao mesmo tempo, incluir na pauta do Brasil os direitos das crianças -  que estavam sendo elaborados na nova Constituição e no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)  criar um espaço onde teriam o direito de serem felizes.

Ao sair do Unicef recebi alguns convites, mas somente um apontava na direção do sonho: a Terra Nuova, uma ONG italiana de cooperação internacional me chamou para coordenar um projeto com meninos de rua em Salvador. Meu princípio inegociável era não repetir o que já se fazia no Brasil.

Queria dar a melhor educação aos mais pobres. Eu rejeitava a tese de que, para quem nada tem, qualquer coisa serve. Além disso, defendia o profissionalismo dos educadores e um sistema de formação permanente. Não queria instalar oficinas de carpintaria, corte e costura ou manicure. Queria arte e cultura a serviço da educação.
 É impossível educar sem estética, sem beleza, sem arte e cultura.

Ou seja: me recusei a realizar um projeto educativo pobre para pobres. E a Terra Nuova aceitou o desafio, juntamente com o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, que deu um apoio fundamental do ponto de vista político e institucional para um projeto que ainda nem tinha nome. Trabalhávamos para garantir aos filhos da exclusão o direito a vida com V maiúsculo.

Uma tarde, eu estava em casa, na Praia de São Tomé de Paripe, em Salvador, e observava o pôr do sol, pensando em qual poderia ser o nome do projeto. Naquele momento, algumas crianças corriam na praia. Eram todas negras e estavam banhadas pelo sol do fim de tarde. Decidi chamar de Axé, que no Candomblé é o principio vital, a energia que move todas as coisas. O nome homenageia a cultura afro-brasileira e afirma que a criança é o axé mais precioso de uma nação. 

No início fui crucificado... falar de beleza e colocar as crianças para dançar e jogar capoeira? As pessoas me diziam que eu estava doido. Que aquelas crianças só queriam encher a barriga, que estavam morrendo de fome. Ninguém se interessaria por dança, música... Aqui, na Bahia, temos a predominância dos elementos afros, dos quais o Axé se apropriou, mas a arte e a beleza são universais. Acreditamos que conseguiríamos estimulá-los por meio desses elementos e seguimos em frente.

Nos primeiros tempos do projeto, as crianças olhavam para os educadores e diziam: eu não tenho nada a perder. Elas estavam nos dizendo que não tinham sonhos nem desejos. Lembro que, em 1993, tínhamos 50 ingressos para ver um espetáculo de dança no Teatro Castro Alves. E se jogassem o teatro abaixo? Era uma dúvida. Já pensou se roncassem na plateia?

Não aconteceu nada disso. Ao final do espetáculo nos olharam e perguntaram: por que não podemos dançar também? Essa é a força da pedagogia do desejo. No Axé, os chinelos de dedo convivem com as sapatilhas.

O desejo dos meninos e meninas criou o Axé Design, a Companhia de Dança, a Orquestra de Câmara e tudo o que hoje temos aqui. Claro que, se super estimularmos, haverá frustrações no meio do caminho, mas cabe a nós, educadores,  colocar um pára-quedas psicológico para que a criança chegue ao solo em segurança, num campo de realizações possíveis.

No dia-a-dia do Axé vejo que a arte e a educação são cada vez mais conjugadas – a arte é a própria educação. Eu me considero um homem que exercita essa combinação, para tentar contribuir para a transformação dos outros.

No fundo tenho convicção de que minha missão é essa mesma: tentar transformar as pessoas para que elas sejam mais felizes. É importante dizer que eu mesmo fui profundamente transformado pelas crianças. “Elas me deram essa energia fortíssima de ter a disposição de mostrar aos outros a alegria de mudar e de transformar.”
  Cesare fez na abertura um Culto Ecumênico com um representante de cada religião.